Hoje, a hora de almoço soube a pouco. A pouco, mesmo. Passei a hora de almoço a falar com uma amiga, que é também, colega de trabalho, embora não trabalhemos actualmente juntas nem sequer no mesmo edifício. Há uns bons anitos atrás fomos bem amigas, partilhávamos objectivos, conviviamos em casa uns dos outros, fomos até ao casamento uma da outra. Depois... houve algo que nos aborreceu, afastamo-nos um pouco... e nesta altura fomos afastadas também pelo local de trabalho diferente, ela passou a fazer um serviço em que se tinha de deslocar com frequencia, estávamos em edificios diferentes, sectores distintos... perdemos o contacto diário, nunca mais nos vimos durante uns aninhos. Agora pensando nisso, parece estranho como trabalhando na mesma empresa possamos estar, colegas, sem nos vermos anos a fio... muitos de nós nem sequer conhecemos a cara com quem falamos vezes sem conta...
No ano passado, na festa de Natal que a empresa organizou pela primeira vez, para funcionários e filhos, voltamo-nos a reencontrar. Foi uma festa o nosso reencontro mas no meio de tanta gente não pudemos falar mais que alguns minutos volta e meia (além de termos maridos e eu, filho, para darmos atenção). Depois disso voltamos a ver-nos mais umas vezes mas sempre de fugida pois no meio de trabalho, reuniões, formações, não conseguiamos por a conversa em dia. Sorte a minha que ela tem estado há 1 semana e qualquer coisa no sector aonde eu estou e neste tempo temos posto a conversa em dia, almoçado juntas e vamos falando do tempo em que estivémos afastadas. Parece que o tempo não passou, mas passou e não foi tão pouco assim... temos muito que falar, o tempo que temos nunca nos chega e por meio de garfadas engolidas á pressa passamos a hora de almoço a rir, a falar do meu filhote, da sua tentativa em engravidar, das nossas vidas, das novidades, das alterações, dos maridos, dos hobbies (sim, a minha amiga até já se dedica á pintura), dos nossos animais de estimação ...
Eu estou num sector aonde sou das mais pessoas mais novas, ali a média de idade deve rondar os 48/50 anos... Gosto muito das minhas colegas mas as conversas andam mais à volta dos netos, das reformas e pré-reformas, de como era a empresa há tantos anos atrás que eu nem sequer tinha nascido... reparo como sinto a falta de conviver com pessoas mais da minha idade, com as quais me identifico, com as quais podemos falar e rir do mesmo tipo de problemas e vidas...
Desde que o Gonçalinho nasceu que tenho andado afastada de amizades, nunca tenho tempo para nada, ando sempre a contar os minutos e sempre atrasada, à pressa... E reparo como me faz falta o convivio com amigos, o voltar ás nossas conversas, seja elas triviais, para a paródia ou sérias como os problemas que a vida nos apresenta...
Torna-se urgente que volte a conviver e a trazer os amigos para a minha casa e a deixar a minha vida tão mas tão caseira... Caseira, familiar... e por vezes, solitária de amizades.
3 comentários:
As amizades são muito importantes. Temos de ter 1 pequeno escape, nem que seja à hora do almoço, para podermos viver outras realidades.
bjs Sandra
É muito importante arranjar tempo para os amigos. Como não quis por hábito deixar a Cathy com os avós para poder galdeirar aos sábados à noite, passei a convidar os amigos para ir jantar a minha casa.
então toca a organizares a vossa vidinha...
eu volta e meia tento não descuidar dos amigos.
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